Estamos vivenciando um momento histórico na vida da humanidade. A globalização está atingindo todas as sociedades e influenciando todos os seus setores. Isto está ocorrendo porque as sociedades estão mudando e as mudanças estão cada vez mais rápidas.
Uma dessas mudanças é a forma como se concebe o mundo atual e a visão do próprio homem. Com essa nova forma de se conceber o homem, as minorias passaram a ter mais visibilidade, a reclamar o devido respeito, e a exigir seus direitos Essa nova forma de se olhar, entender, aceitar e conviver com as diferenças trouxe novos valores que já entrou em vigor há uma década.
É um momento importante, mas também bastante complexo. Embora as mudanças já ocorreram e, ninguém é mais como era, nem pensa mais como se pensava antigamente, boa parcela da população mundial ainda não se deu conta disso e ainda resiste.
Para cumprir acordos internacionais, os governos criaram ou modificaram sua legislação, surgindo a Educação Inclusiva e obrigando a todos a aprender a lidar com as diferenças.
A escola, seja ela pública ou privada, por sua própria função de transmissor e propagador da cultura, é um dos setores da sociedade que mais resiste a essas mudanças. E por isso mesmo, enfrenta problemas em lidar com a educação inclusiva
Com um discurso contemporâneo, mas com práticas tradicionais, a escola procura manter a igualdade a todo custo. Privilegia o coltivo em detrimento do individual. É conteudista e, embora alardeie a tecnologia de ponta, impede que os alunos a utilizem. O resultado é a discriminação, o preceito e a desvalorização do humano, levando ao fracasso milhares de crianças e adolescentes normais por sua condição étnica, sócio-econômica, sua crença religiosa, política etc.
Com a questão da educação inclusiva não é diferente. Em primeiro lugar, a escola ainda confunde integrar com incluir. A escola acredita que permitindo que deficientes façam parte do seu corpo discente já está incluindo. Isto, na verdade é integrar. Incluir é mais abrangente. É fazer algo por esses deficientes, ao mesmo tempo em que o faz conviver e compartilhar saberes com a turma, respeitando-se as suas limitações. Não é raro ouvir que as crianças deficientes deveriam freqüentar escolas especiais, já extintas pelos governos.
Em segundo lugar, querendo manter a igualdade, a escola ainda exige que os deficientes intelectuais apresentem a mesma produtividade e o mesmo rendimento que seus colegas normais. Não é raro encontrar-se nas escolas, crianças e jovens deficientes que fazem provas e trabalhos iguais a de seus colegas. Não é raro também, encontrar discursos como os de que: “se der uma atividade ou uma prova diferenciada a um deficiente, a escola estará discriminando esse aluno”.
Se isso é discriminar, que nome se dará a estes outros discursos” Fulano (com necessidades educativas especiais) tirou notas abaixo da média porque:
a) “não acompanha o ritmo dos conteúdos” (geralmente, passados de forma acelerada e com muitas informações ao mesmo tempo);
b) “porque não assimila os conteúdos” (quer dizer, na mesma velocidade que os demais);
c) “porque é lento demais e não dá conta das tarefas” (sendo que o fulano tem dificuldades motoras)?
Se oferecer uma atividade diferenciada e provas sobre o que foi trabalhado com ele é discriminação, que nome se dará para as constantes mensagens (explícitas ou implícitas) de que ele é um eterno incapaz ao dizer suas notas em alto e bom som para que todos ouçam?
Se atender suas necessidades educativas especiais é desrespeito aos colegas normais, que nome se dará ao querer que um cego veja, que um surdo ouça, que um paraplégico ande, que um deficiente intelectual compreenda?
amei seus comentários sobre deficientes intelectual e inclusão tenho uma filha de 12 anos que ainda não foi alfabetizada e as vezes parece que a escola não tem suporte para estar preparando essas crianças com tal dificuldade [ deficit de aprendizagem ] gostaria de aprender como ajuda-la em casa para que ela fosse alfabetizada...
ResponderExcluirObrigada, querida! Obrigada por ter gostado do artigo. Convido-a para ver outros textos sobre o assunto. Quanto à sua filha, no início do blog tem postagens que ensinam como trabalhar a alfabetização com deficientes. Para assistir alguns vídeos, vá ao Youtube e na caixa de busca, escreva Educação, e depois, o que quer saber. Lá existem vários vídeos que ensinam como fazer para alfabetizar. Bjs e volte sempre. Sueli Freitas.
ResponderExcluirSueli, obrigada pelas dicas e pela imensa ajuda que me deu com esse seu blog. Trabalho em uma sala de recurso no município de Bonito de Minas-MG e tenho alunos com as diversas deficiências, mas três deles são o meu desafio maior. Uma com surdez e problemas psico -motor, um com transtorno especifico do desenvolvimento motor e um com retardo mental grave. Se possível peço que me mande sugestões especificas para eles . Desde já agradeço e que Deus ti ilumine sempre
Excluircontato- rosely-lisboa@hotmail.com