quinta-feira, 27 de junho de 2019

Conversa de adultos 3- EDUCAÇÃO FAMILIAR


Dos 7 aos 9 meses

Os bebês já permanecem sentados e sem apoios. Pode atrasar um pouco, mas não pode passar o 7º mês. Suas mãos também estão mais fortalecidas e já conseguem segurar bem os objetos, mesmo os que são grandes. Falta aprender a passá-los de uma mão para a outra. E aqui está uma nova brincadeira para estimulá-la nessa questão.

Nesta fase as crianças dessa idade usam as mãos indiscriminadamente, ou seja, não sabemos ainda se ela é destra ou canhota. Portanto, estimular a preensão dos objetos com ambas as mãos e passá-las de um lado para outro é essencial.


Tudo o que pega, leva à boca. Por isso, brinquedos grandes devem ser preferidos aos pequenos porque pode correr o risco de se asfixiar. Deve-se escolher objetos macios, laváveis e que não possam cortar e nem soltar pedaços.

7-8 MESES
Algumas crianças aos 7-8 MESES já começam a engatinhar. Outras, apenas se arrastam. E normalmente, eles assumem a posição em poucos dias. Caso se arrastem por mais de um mês, ajude-o movimentando as perninhas da maneira correta.

A brincadeira é tirá-lo da cadeirinha ou carrinho e coloque-o no chão, dado espaço para que ele se arraste ou engatinhe a vontade. Os bebês dessa idade são muito curiosos e querem conhecer tudo. Faça festa sempre que ele conseguir.

Para evitar acidentes não esqueça de TAPAR AS TOMADAS e, para isso, pode usar fita crepe. É só para ele não colocarem o dedinho e tomarem um choque. Não esqueça também de tirar objetos cortantes e afastar mesas de centro com quinas.


TATO – os brinquedos com texturas diferentes e o próprio ambiente já bastam para o desenvolvimento desse sentido. A brincadeira desta vez, é colocar os brinquedos um pouco mais distante e espalhadas, forçando que seu bebê se desloque. E cada vez que ele conseguir alcançá-los, faça festa e afaste-os um pouco mais.

VISÃO – nesta fase, a criança tem uma visão perfeita de tudo. O importante nesta fase é fazê-la fixar o olhar num determinado objeto. É a aquisição do FOCO, essencial para a aprendizagem da leitura e a escrita mais tarde. No começo, o bebê olha e desvia. Com o tempo, precisa aumentar o tempo que ele permanece olhando. Para isso, dê um jeito de movimentar esse objeto, produzir um som, ou outra coisa. Uma boa sugestão, são os fantoches. Faça festa quando ele olhar e manter olhar por mais tempo.


GUSTAÇÃO – início das papinhas e varie bastante os ingredientes (verduras e legumes) na sua confecção delas para que possa experimentar de tudo. O mesmo com as frutas em forma de sucos. Cuidado com sal e açúcar (devem ser poucos).

AUDIÇÃO – continue cantando, lendo ou contando histórias, conversando com ele. Você pode também colocar uma música para ele ouvir. Comece com as calmas. E a fase do início da dentição e a criança fica muito irritada 

OLFATO – você pode usar perfumes e desodorantes com odores suaves.

AOS 9 MESES


A maioria das crianças tentam ficar agarrando-se em algum objeto. Cuidados importantes nesta fase são: toalhas de mesa (porque eles podem puxar e se acidentar), o berço (que o estrado precisa ser rebaixado para evitar quedas), escadas (se houver) devem ser fechadas e as tomadas devem continuar cobertas. Lembre-se: o bebê ainda NÃO TEM noção de perigo.

A brincadeira da vez é colocar os brinquedos em lugar que ele alcance para que permaneça em pé por algum tempo. Alguns dias mais tarde, faça o mesmo, porém um pouco mais afastado, forçando que seu bebê se desloque dando o primeiro passo para o lado. Faça festa sempre que ele conseguir. Aos poucos, vá afastando mais a fim de que se desloque para o lado. E sempre que conseguir, faça festa para estimulá-lo ainda mais. Primeiro um passo, depois 2, 3 e assim por diante.


Os bebês começam a imitar os atos dos adultos. Muitas vezes, ela não entende o significado do que está fazendo, mas repete assim mesmo apenas porque é diferente e para se divertir. É o momento de ensinar algumas coisinhas como fazer tchau e, se não conseguir imitar, segure a mão dele, até que consiga fazer sozinho.

Ao longo do primeiro ano de vida, a criança vem desenvolvendo algumas habilidades motoras como exemplos: a fixação da cabeça, o fortalecimento dos músculos para sentar e das pernas para ficar em pé e andar lateralmente. No entanto, essas tiveram um tempo certo para acontecer, assim como outras também terão.

As mãos adquiriram outras habilidades, como segurar objetos com a mão toda. O ponto principal a ser trabalhado agora é a PREENSÃO EM PINÇA, ou seja, pegar um objeto usando o indicador e o polegar e que ocorre a partir do 9º mês de vida do bebê.


E como o bebê gosta de imitar, ficará igualmente interessado. Para isso, pegue um objeto com as pontas dos dedos e balance para chamar a atenção do bebê e queira pegá-lo. Ela esticará a mão toda e pegará o brinquedo e tentará chacoalhá-lo desordenadamente. Posicione os dedinhos dele na posição correta e balance. Ele ficará feliz. Repita aos poucos até que consiga fazer sozinho. Como isto é difícil para ele, não será de um dia para outro. Independente do conseguir ou não, faça a festa e maior quando conseguir totalmente.

Além do trabalho motor (pegar e balançar) e do movimento de preensão em pinça você está trabalhando simultaneamente o foco e a atenção do bebê.

TATO – já está bem estimulado. Basta continuar com o que vinha fazendo. deixe seu bebê começar a alimentar-se sozinho. Faz sujeira e muita, mas ele precisa aprender, E a "lambuzice" toda é o que o estimula a novas sensações em torno da boca, rosto e mãos e a imitação se transforma em habilidade.


GUSTAÇÃO – início das papinhas mais sólidas, como por exemplo, arroz amassado com caldo de feijão. No entanto, é hora de estimular a mastigação porque alguns dentinhos já devem ter aparecido. Ofereça pedacinhos de pão para que chupe no início e depois mastigue. Ele pode segurar o pedaço e leva-lo à boca quando desejar. Pedaços de carne também.

VISÃOinsista no FOCO e mantenha a ATENÇÃO do seu bebê.

AUDIÇÃO – Aos poucos, podem apresentar as músicas populares A tendência é ela balançar o corpo no ritmo dessas músicas e isto é bom, porque elas desenvolvem o RITMO. No mês seguinte, um pouco mais agitadas.


sábado, 15 de junho de 2019

Conversa de adultos 2- EDUCAÇÃO FAMILIAR


DOS 3 AOS 6 MESES


Por volta dos 3 meses, o bebê já identifica visual e perfeitamente as pessoas, especialmente, os familiares. Os movimentos começam a transitar dos reflexos para os voluntários. E já conseguem receber informações do ambiente. Portanto, é um período importantíssimo e que deve ser levado a sério pelos pais. O desenvolvimento motor inicia com o firmar a cabeça. 

A firmeza da cabeça é uma resposta motora, portanto depende da maturidade do Sistema Nervoso Central (SNC). Logo, se não acontecer entre o 3º e o 4º mês (ainda considerado normal). Se não acontecer nesse intervalo, lembro aos pais que procurem um profissional médico para verificar o que acontece com o bebê. 

COMO OS PAIS PODEM AJUDAR? Brincando com ele, simples assim. Como? Então veja:

1- Para FORTALECER OS MÚSCULOS DOS BRAÇOS E PERNAS – coloque seu bebê de bruços sobre a cama. Você pode fazer isso, antes ou após o banho. Mesmo que os membros ainda fiquem encolhidos como ele ficava no útero, não tem problema. Aos poucos, vá tentando alonga-los suavemente.


2- Para FORTALECER OS MÚSCULOS DO PESCOÇO – ainda na posição de bruços, chame a atenção do bebê com um chocalho ou com palmas. O bebê tenderá erguer a cabeça na direção do som. Conseguindo ou não, estimule-o com carinhos e beijinhos, mostrando que você ficou feliz pelo esforço realizado. Faça isso por uns 15 a 20 dias.

Passado esse tempo, fique fora do campo de visão dele e repita a operação anterior, para que ele tente virar a cabecinha para o lado de onde vem o som. De novo, faça “festa”, pois vale a tentativa. Deixe passar algum tempo e intercale os movimentos. Até que consiga erguer ao máximo possível sua cabecinha.

3- FIRMANDO OS BRAÇOS – ao erguer a cabeça, automaticamente, esticará os braços.


4- A ABERTURA DA MÃO – bem lentamente, abra as mãozinhas e segure-as sobre a sua. No início, a tendência é o bebê fechá-las. Porém, com o tempo, os músculos das mãos se acomodarão e ele conseguirá mantê-las abertas por algum tempo.

5- ATIVE A PREENSÃO – Desde os primeiros dias, ele segura seu dedo com força. Continue com essa brincadeira nos primeiros meses. No terceiro mês, dê a ele um chocalho macio, pois os duros poderão machucar se bater no rosto. Bonecos ou com as massagens e os carinhos no corpo do bebê. Assim, além de desenvolver os músculos, você também trabalha o TATO.

Continue conversando, cantando ou contando histórias curtas, para desenvolver a AUDIÇÃO. Pronuncie corretamente para ele ir gravando a forma correta das palavras. O chá, água e o leite materno já são suficientes para trabalhar a GUSTAÇÃO e mudam o paladar. Você pode colocar os penduricalhos pendurados no berço que estimulam a VISÃO. Ainda é cedo para usar perfumes ou colônias, pois ainda pode comprometer o OLFATO.

BEBÊS DE 4 A 6 MESES

O bebê de 4 meses já identifica o restante da família, seja pela visão e pela voz. Quando for até o seu bebê, vá falando com ele até chegar ao berço. Ele se sentirá mais alegre, seguro e confiante. Os gritinhos que ele dá ao ouvir sua voz é prova disso. 

TATO -. Você pode ainda brincar de rolar (para sentir o corpo), segure-o em pé sobre a cama, sobre uma mesa (para ir percebendo que possui pés e para ter uma nova forma de experimentação sensorial), e com isso você vai trabalhando os músculos das perninhas de uma outra maneira.

PREENSÃO PALMAR– Agora eles preferem brinquedos diferentes, porque o tato está mais firme e consegue segurar com mais firmeza e aguentar o peso dos objetos. É hora dos brinquedos com formas e texturas diferentes, como chocalhos, bolas e bichinhos de pelúcia (porque os pelos macios estimulam a sensibilidade das mãos). 

A partir do 5º MÊS, o tronco já começa a se firmar. 

1- PREPARANDO PARA SENTAR - você poderá ir colocando almofadas nas costas do bebê em posição deitado, para que vá se acostumando com a nova posição e aumentando gradativamente as almofadas, até que fique na posição sentado.


2- ESTÍMULO AO SENTAR - Os pais podem colocar o bebê na posição sentado no colo ou na cama com apoio de almofadas ao redor dele. Na cama, o apoio nas costas é essencial. Isso o ajudará no desenvolvimento da musculatura das costas.


3- Deite-o de bruços e cruze as perninhas, estimulando-o a rolar sobre si mesmo.

4- Coloque móbiles numa altura que, o bebê batendo a mão, possa fazer barulho e movimento. Isso desenvolverá a AUDIÇÃO E A VISÃO.

A partir do 6º MÊS – Nesta fase, o tato estará muito sensível. Crie um tapete de texturas. Deixe-o de bruços na cama ou chão e sobre esse tapete. Coloque brinquedos sonoros com diferentes toques próximos ao bebê para que possa explorá-los. 

A GUSTAÇÃO será estimulada com o início da ingestão de papinhas de frutos e sucos. O OLFATO ainda possui restrição à perfumes e colônias. Mas liberada para sabonetes e talcos.


Continue com os carinhos, massagens e relembre os exercícios –brincadeiras anteriores.

Ao final do 6º mês, a criança já deve sentar sozinha e sem apoio das almofadas. Pode passar um pouco, até a metade do mês seguinte, segundo a maturidade do bebê.

quinta-feira, 6 de junho de 2019

Conversa de adultos 1- EDUCAÇÃO FAMILIAR


A educação da criança na primeira infância (0 a 6 anos) é essencial para sua vida futura e deve ter início desde os primeiros dias de vida. É um tipo de educação que não exige dia, hora ou momento específico para acontecer, mas que deve ser constante e perseverante.

Este tipo educativo é da responsabilidade de pai e de mãe. É função dos pais atuar sobre sua prole nos seguintes itens: 1- função adaptativa; 2- psicomotricidade; 3- consciência fonológica e 4- interação social.

a) FUNÇÃO ADAPTATIVA

O termo “função adaptativa” é usado em duas vertentes distintas: a primeira numa vertente neurológica e a segunda em relação ao ambiente em que vivemos.


A função adaptativa neurológica fala do desenvolvimento do CÉREBRO, órgão que controla tudo, e que tem como função é coordenar e regular todas as atividades do nosso corpo para que venhamos a ter uma vida ampla e saudável.  SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC), principal auxiliar do cérebro, tem como função captar informações do ambiente e levar até o cérebro e deste, levar respostas motoras a todas as partes e órgãos do organismo. Exemplo disso, é quando encostamos a mão em um objeto quente e a retiramos imediatamente. Todo este processo é muito rápido (cerca de 300 a 400 gramas. E vai aumentando até chegar ao normal à medida que vai crescendo.

Só para se ter uma ideia, o cérebro do bebê ao nascer tem cerca de um quanto do tamanho e peso do cérebro de seus pais ou de qualquer outro adulto. Embora o cérebro tenha uma predisposição genética para se desenvolver, é preciso que os pais colaborem para que o bebê se desenvolva a contento.

Nos primeiros 3 meses de vida, todas as ações do bebê são reflexas. Isto significa que os movimentos de mãos e pés, o ato de sugar durante as mamadas, defecar, urinar, chorar, acordar e dormir são atos que não dependem da vontade do pequeno ser. Aliás, ele nem sabe que pode fazer isso e muito mais.


A função adaptativa em relação ao ambiente tem a ver com o que ocorre com o bebê após a saída da maternidade. Mãe e bebê devem se adaptar a nova situação: a rotina da casa.

Desde a gestação, o bebê vive num ambiente aquoso e com uma temperatura adequada e constante. A medida que foi se desenvolvendo dentro do útero, seu espaço ficou cada vez mais apertado, cheiro de ruídos provenientes do organismo da mãe e num ambiente completamente escuro. Porém, ao nascer o bebê encontra um mundo bastante diferente: espaço ilimitado, uma temperatura inconstante, muita claridade e ruídos muito abaixo do que estava acostumado a ouvir. E precisa se adaptar a tudo isto.

COMO OS PAIS PODEM AJUDAR?

Saiba que quando os pais atuam na adaptação do ambiente, automaticamente estão atuando na adaptação neurológica. Suprir as necessidades de alimentação, higiene e outros cuidados com o recém-nascido faz parte dessa adaptação.

Mas em relação ao ambiente, os pais podem ajudar e muito para que essa transição aconteça. Vejamos alguns pontos importantes, segundo o pediatra Harry Zehnwirth, dos EUA que afirma que: se nos primeiros meses “recriarmos a situação em que ele vivia, os pais vão ajudá-lo nessa transição e acalmá-lo” a adaptação ao ambiente será facilitada.

ADAPTAÇÃO DOS RECÉM-NASCIDOS


1- TATO: O útero é um espaço muito limitado e a pele do bebê estava em constante contato com as paredes desse órgão. Dessa forma:
a) Os pais devem manter o bebê “embrulhadinho” (como faziam nossas avós e bisavós).
b) Aproveitar os horários das mamadas para acariciá-lo e a hora do banho para massageá-lo por 10 minutos diários. Isto fará com que experimente novas sensações. O pai também pode fazê-lo.


2- OLFATO – O útero tem um cheiro característico (perfume natural) que o bebê identifica como sendo o da mãe. Por mais que possa parecer incrível, os recém-nascidos apresentam um olfato apurado e a reconhece pelo cheiro logo após o nascimento.
a) Coloque uma peça de roupa de uso da mãe ou uma fraldinha com seu “cheirinho” próximo a ele. Se a roupa ou a fralda estiver lavada, passe-a na região dos seios antes colocar junto a ele. Isto o acalmará. A partir do segundo mês, o pai poderá fazer o mesmo. Mas não coloque muito perto, dando um distanciamento de um palmo para evitar o risco de asfixia.
b) Não use perfumes e colônias compradas nas perfumarias porque as químicas utilizadas em sua fabricação poderão agredir o olfato do recém-nascido. Já o perfume natural é mais facilmente reconhecido, não prejudica o bebê e é um calmante natural.
c) Na limpeza do quarto do bebê ou dos locais onde costuma ficar evite produtos de limpeza a base de amoníaco. Ocorre o mesmo como os perfumes não naturais.


3- AUDIÇÃO – O primeiro sentido que um embrião desenvolve é a audição a partir da 9ª semana. Ao ir para casa, muitos país evitam fazer barulho ou evitam que os outros filhos brinquem ou falem alto. Mas saibam que o silêncio extremo é muito estranho para o recém-nascido, pois o útero é um órgão muito barulhento e equivale ao de um aspirador de pó.
a) O silêncio exagerado incomoda os recém-nascidos e não os acalma como muita gente pensa.
b) Haja naturalmente e faça o barulho que for necessário.
c) Converse com seu bebê em tom natural. Leia ou conte histórias para ele porque ele ouviu sua voz durante toda a gravidez.
d) Músicas também são agradáveis aos ouvidos do bebê. E não precisam ser somente aquelas suaves, clássicas. Pode colocar aquelas que você costuma ouvir, sim.


4- VISÃO - A visão começa a se desenvolver por volta de 26 semanas de gravidez. O útero é um órgão escuro, portanto, iluminação excessiva pode irritar o recém-nascido. O contato com a luminosidade dever se realizado aos poucos. Saiba que a visão do recém-nascido ainda não é uma imagem perfeita, mas apenas um vulto. Ainda assim, em poucos dias, ele reconhece a imagem da mãe e a de um estranho. A visão do bebê fica completa após o 3º mês de vida. Em quanto isso:
a) Durante o dia, abra apenas uma fresta na janela. A cada semana abra um pouco mais a cada 15 dias.
b) durante a noite, acenda um abajur com uma luz azul. O abajur deve ficar longe do berço.
c) Por volta do 2º mês, aproxime o abajur (mais ou menos na metade da distância) O tom da lâmpada pode ser verde, que é mais clara que a anterior.
d) No 3º mês, aproxime outra metade da distância restante e a luz pode ser amarela.
e) Após o 4º mês o abajur já pode estar na cabeceira e com luz branca.
f) Quem usar o abajur ajustável, basta ir regulando conforme o tempo for passando.


5- GUSTAÇÃO - Para esta fase, o melhor alimento é o leite materno e água (pura ou em forma de chá). Mas não esqueça que dentro do útero, o bebê consumia os mesmos alimentos que a mãe por meio do líquido amniótico (água da bolsa). Depois de nascido, o bebê recém-nascido continua se alimentando do que a mãe come através do leite materno. Diante disso:
a) Evite alimentos muito gordurosos, picantes e apimentados pois podem causar estranhamento para o bebê.
b) Enquanto amamentar, mantenha uma alimentação saudável e se possível, a mesma que adotou durante a gravidez.

OUTROS:


a) DORMIR - No útero, não havia dia ou noite. Tudo era uma coisa só. Por isso, se ele acordar durante a madrugada não fique brava com ele. Apenas compreenda. Controlar o sono nesta fase não é recomendável.


b) CHUPETA – O recém-nascido já nasce sabendo sugar pelo reflexo da sucção. Porém, como costumava chupar o dedinho, ele sente falta. A chupeta substitui o dedinho e o acalma. Porém, segundo especialistas, este hábito deve ser retirado por volta dos 6 meses, quando começa a introdução das papinhas.


d) AS FAMOSAS CÓLICAS – É difícil vermos nosso pequenininho chorando de dor. É um choro irritante e contínuo. Nos dá uma sensação de impotência diante desse choro, da recusa de mamar, da chupeta ou de outra atitude que se venha a tomar.  Coloque-o no colo de barriga para baixo ou ofereça um chá e, se não acalmar, procure um médico. MAS NÃO DÊ REMÉDIO POR CONTA PRÓPRIA ou POR RECOMENDAÇÃO DE ALGUÉM.

Continua com outras idades na próxima postagem.

sábado, 25 de maio de 2019

CONVERSA DE ADULTOS

Não é segredo para ninguém que “amo” falar de Educação. Afinal, vivi a minha vida inteira em torno dela, estudando ou trabalhando com ela.



O termo Educação vêm de longa data. Esse termo surgiu de uma língua que há muito tempo não existe mais: o latim. Mas o termo não se formou assim prontinho, mas houve a justaposição do prefixo “ex” com o termo “ducare”. “Ex significava “ fora” e o significado literal de “ducare” é “conduzir, levar ou direcionar”. Juntando os dois termos fica: “exducare ou educere” que significa “conduzir a criança (os seres humanos) para fora dela mesmo”. E este significado é muito bonito na medida que a criança vai aprendendo ao mesmo tempo que o mundo se amplia para ela. Sem educação o mundo da criança fica muito limitado. Hoje em dia, o termo EDUCAR, apresenta vários significados.


A primeira infância (de 0 a 6 anos) é uma fase importante da vida. Não só pelo desenvolvimento físico que podemos observar, mas principalmente por uma parte invisível aos nossos olhos, mas que marca sua vida e o influencia na vida adulta: o desenvolvimento neurológico.


Nessa fase, a atitude dos pais é fundamental para que “a criança saia de um estado de estagnação e dependência, para um estado de conhecimentos adquiridos pela experiência e pela vivência pessoal que lhe permita dominar o mundo e garanta sua autonomia”.

O desenvolvimento físico já está programado pelo DNA de cada criança. Ele atua sozinho e independente da vontade dos pais. O que os pais precisam, é estar de olho para que os ganhos aconteçam na época correta ou procurar ajuda profissional, caso atrase muito. O que os pais devem fazer nesta fase é, justamente, dar oportunidade para que o desenvolvimento neurológico da criança ocorra de forma sadia.



Porém, muito mais importante é o desenvolvimento neurológico.  As ações dos pais, no tocante aos ensinamentos, influeciam decisivamente nas funções neurológicas, porque agem diretamente nas conexões entre as células cerebrais: os neurônios. E estas é impossível de ver, porém observável através das atitudes e reações das crianças. estas conexões não são visíveis a olho nú porque ocorrem dentro do cérebro, porém são observáveis através das atitudes e reações das crianças. 

O que os pais devem fazer nesta fase é criar oportunidades para que o desenvolvimento neurológico da criança ocorra de forma sadia. Como fazer isso? Será assunto de nossa próxima postagem.

segunda-feira, 6 de maio de 2019

AUTISTAS E SAVANTS PODEM TER RELACIONAMENTO AMOROSO?


Há algum tempo atrás, não víamos tantas pessoas com autismo como vemos na atualidade. Os motivos disso eram: a) a falta de uma classificação clara do distúrbio; b) pelo preconceito que era muito maior do que é hoje (que ainda é grande), muitas vezes, os pais se “envergonhavam” de ter um filho com problemas e os escondiam dentro de casa; c) a falta de saber onde procurar ajuda profissional especializada e d) pela falta de conhecimento sobre esta Síndrome.

Embora o autismo e savantismo não tenha cura, o diagnóstico não é uma sentença condenatória para os possuidores desta síndrome. Muitos vivem uma vida muito próxima do que chamamos de “vida normal”. Com os avanços da neurociência já entendemos que, quanto mais cedo estimularmos os autistas e savants, mais próximos da “vida normal” eles se estarão. Não há impedimentos para sua vida futura de estudar e chegar à universidade, de trabalhar, namorar e constituir família, dizem os estudiosos do assunto.


Casar e constituir família? De que maneira, se os autistas e savants apresentam problemas de relacionamento? Como poderão compreender as obrigações que isso implica? O assunto “sexualidade” é discutível, desafiante e estimulante entre as pessoas comuns, mas é ainda mais instigante em se tratando de deficientes intelectuais, autistas e savants.

Sabemos que deficientes intelectuais, savants e autistas estão classificados como moderados graves e severos e com limitações físicas ou intelectuais devido ás chamadas “comorbidades”, isto não é possível. Eles apresentam um grande isolamento, ausência de contato com as pessoas do ambiente em que vive, apatia, falta de interesse a estímulos externos e sem qualquer interação social.

Muitos nem conseguem se comunicar verbalmente e, muito menos, da forma não verbal. Não são capazes de expressar afetividade e de receber carinho. Muitos não reconhecem os próprios pais. São comuns crises de agressividade contra si mesmos e para com os outros, acessos de fúria, raiva e gritos. Detestam mudanças de rotina e perdem o controle quando isso acontece. Necessitam de auxílio constante para iniciar e manter as atividades básicas do cotidiano como: alimentação, vestuário, banhar-se entre outras necessitando de uma pessoa que cuide disso. É comum a presença de padrões repetitivos de comportamentos inadequados e até bizarros, como cheirar e levar à boca objetos não digeríveis e não comestíveis. E com todos estes sintomas fica evidente que o assunto não se destina a essas pessoas. São pessoas que precisam de cuidados constantes e permanentes.


No entanto, as pessoas com graus mais leves (leves e moderados leves e sem outras complicações), quando bem estimulados precocemente e embora precisem de alguns cuidados, podem ter uma qualidade de vida bem próxima da realidade, pois encontram menos dificuldades que os mais graves.

Nos autistas e savants de todos os graus, os processos físicos da puberdade entram em ação como nas pessoas comuns. As glândulas sexuais entram em desenvolvimento e produzem seus hormônios, o corpo se modifica e a sexualidade desperta. A diferença é que os mais graves não percebem estas mudanças porque são demasiadamente introspectivos, o que não ocorre com os de graus mais leves. Estes percebem e acabam se interessando amorosamente por alguém.

OS RELACIONAMENTOS

Pessoas com autismo leve podem ter um relacionamento amoroso, se casar, ter uma família com pessoas comuns ou com outro autista.

Os relacionamentos comuns nem sempre é fácil devido as rotinas, maneirismos, crises e movimentos involuntários que possuem. Por isso, os responsáveis devem estar sempre vigilantes para as crises possam ser mediadas para que os déficits, quando presentes, não cheguem a comprometer a vida do casal.

Vale lembrar que pais e familiares também precisam de suporte e orientação adequados desde a fase da paquera porque vivem num mundo diferente do nosso. É preciso ensinar o que fazer, o que pode ou não pode dizer, amparar quando não dá certo. O mesmo acontece durante o namoro e posteriormente, durante o casamento, como acontece com os deficientes intelectuais.

segunda-feira, 22 de abril de 2019

SAVANTS E AS DIFICULDADES DE COMUNICAÇÃO

O grande problema de Savants e autistas (ou de ambos ao mesmo tempo) é a dificuldade que essas pessoas têm com a comunicação. E isso começa cedo, antes mesmo dos 3 anos de idade. Antes do diagnóstico e por aparentarem não ter qualquer deficiência física ou intelectual, essas crianças são consideradas mau educadas, insensíveis, que não gostam de ninguém ou não possuem empatia. E isto não é verdade.


Raiva, tédio, angústia, felicidade, alegria, carinho, amor são sentimentos profundos nessas pessoas, mas elas não sabem como comunicá-los. O resultado dessa inabilidade é um deslocamento do que acontece à sua volta e um represamento da realidade emocional. Essa inabilidade compromete a comunicação, a imaginação e a interação social, por que se trata de um distúrbio do sistema nervoso central (SNC). É um distúrbio crônico, genético (em muitos casos) e adquiridos (em outros), como consequência de infecções e/ou de problemas perinatais. 


Estudos realizados mostram que outros fatores biológicos podem estar envolvidos e ainda não identificados. Com certeza, vivências psicológicas da infância não estão ligadas a esses distúrbios.


A integração social é uma dificuldade de autistas e Savants, pois não conseguem dividir suas experiências e descobertas infantis com outras pessoas.


A fala também fica comprometida (incapacidade de falar, a demora ou a ecolalia (repetição do que outro dizem)) são sintomas desse mesmo distúrbio. Mesmo a fala correta, mas não é usada para conversas e trocas de experiências, mas para discursarem sobre um tema de seu interesse. Segurar ou puxar o braço de alguém ou apontar para o que quer é uma característica comum entre essas crianças.


A forma como brincam é diferente das crianças comuns. Preferem brincar sozinhos (o que favorece o isolamento) e não brincam da maneira convencional. Os brinquedos e objetos possuem um ponto que lhes chamam a atenção e é nesse ponto que autistas e Savants depositam seu foco. Se desistem de uma brincadeira e, mais tarde, voltam a ela, brincam da mesma maneira e com o mesmo foco. Isto porque, a área cerebral da imaginação é diferenciada da mesma área em pessoas comuns. Isto porque, há uma fixação das rotinas, temas e comportamentos repetitivos.


COMO AJUDAR?



Toda a ajuda aos autistas e Savants (com ou sem diagnóstico) está nas mãos dos pais. Estes precisam estar atentos e procurar ajuda profissional assim que percebam que há algo errado com o filho. Embora parentes e amigos insistam para esperar com a justificativa de que com o tempo a situação muda, não dê ouvidos. Procure o PEDIATRA ou um PSICÓLOGO. Saber o que acontece com o filho é dever dos pais. E tudo o que pode ser resolvido precocemente é MELHOR do que deixar que complique ainda mais.

Para conseguir melhorias, além do que o proposto pelos especialistas indicarem, é preciso que os pais compreendam que o tratamento é custoso, mas necessário e que não podem haver: faltas, displicências ou irregularidades e deve ser feita por toda a vida. Embora o autismo e o savantismo não tenham curo, a melhoria da qualidade de vida é importantíssima.

A medicação depende de caso a caso e quando for recomendada. Em casa, os pais também podem ajudar o filho, brincando com eles, propondo mudanças de comportamentos em relação às tarefas diárias, com relação às habilidades de comunicação, no ensino de regras e rotinas. Esse trabalho familiar é essencial e deve ser contínuo e perseverante, para que os efeitos benéficos sejam alcançados.

Hoje em dia, há autistas e Savants que frequentam escolas regulares e chegam a cursar faculdades.

quinta-feira, 11 de abril de 2019

AJUDA MÉDICA PARA OS SAVANTS


Não é porque sejam geniais em algumas habilidades que não precisam de ajuda. Como vimos anteriormente, outras doenças, físicas ou psíquicas, podem influir em suas vidas. Nesses casos, o acompanhamento de um ou mais especialistas se faz necessário.


O diagnóstico é importante e garante um acompanhamento feito por especialistas. Mas diante dos rompantes de genialidade, familiares e médicos buscam estimular essas habilidades incomuns.

O diagnóstico da Síndrome de Savant é clínico. O diagnóstico é feito por neurologistas, neurocirurgiões, psiquiatras, pediatras, psicólogos e psicopedagogos.
As consultas costumam ser breves, principalmente quando os pais informam com precisão uma série de questionamentos. Para isso, os pais devem:


a) anotar qualquer sintoma enfrentado, mesmo os que você acha que não são relevantes.

b) anote as informações pessoais importantes (datas de nascimento, filiação, datas em meses que: sentou, engatinhou, andou, falou, da aparição dos sintomas, doenças, internações e a causa delas, doenças que o examinado já teve, etc).

c) anote as perguntas que deseja fazer aos especialistas. E se não entender o que eles falam por usarem uma linguagem mais técnica, não se intimide em dizer o que não entendeu.


d) anote todos os medicamentos (incluindo vitaminas ou suplementos)  que o examinado estiver tomando, o que já tomou, e se houve reações em relação a algum (alguns) deles.

e) leve sempre um outro parente ou amigo à consulta. Às vezes, é difícil lembrar de tudo o que foi dito durante a consulta. Assim, essa outra pessoa poderá lembrar se esqueceu ou perdeu alguma informação.

f) leve todos os laudos que você tiver de outros terapeutas, boletins e relatórios da escola.

Normalmente, os médicos e terapeutas fazem várias perguntas. E é importante que você esteja preparado. Se não lembrar, use as anotações feitas.

Após avaliar o histórico clínico do paciente, o médico ou terapeuta pergunta para: a)identificar a área afetada; b) saber se existe antecedentes familiares para saber se há algum fator hereditário; c) se trata de algo específico como uma lesão, tumor ou outra coisa que tenha provocado os sintomas que você descreveu.

Essas perguntas ainda têm outros objetivos: a) identificar o problema; b) determinar a área afetada; c) utilizar e favorecer as habilidades; d) diminuir as faltas de habilidades em outras áreas correlacionadas; e) dar melhor qualidade de vida ao paciente.

Só lembrando que epilepsia e hiperatividade são transtornos que podem estar associados ao autismo e Savants, mas ainda sem estudos que explique porque ocorrem em alguns e em outros não, embora se apresentem nessas pessoas no mundo todo e independente da sua raça. Os meninos são mais atingidos na proporção de 4 casos masculinos para 1 caso feminino.

A síndrome de Savant não tem cura. Ela é uma condição da pessoa. Portanto, não há um tratamento específico para essas pessoas. Porém, como é uma condição da pessoa e, geralmente, há comprometimento em outras áreas, é preciso socializa-la e encontrar soluções para evitar problemas futuros.

Daí a indicação do acompanhamento de psicólogos, fonoaudiólogos ou psicopedagogos que, considerando os pontos fortes e fracos de cada sujeito e com objetivos a serem cumpridos a curto, médio e longo prazo, poderão ajudar o sujeito a melhorar os problemas emocionais, problemas de fala ou de articulação das palavras ou problemas na aprendizagem escolar respectivamente, decorrentes dessa condição. Cabe ainda a esses profissionais trabalhar a inclusão social e sua inserção na sociedade.